Fotografia de
Sylmara Durans por Carlos André. |
minha labuta e profissão de fé:
lapido os versos conforme o inquietante(admirável)
adormecido sobre qualquer cousa.
E sei pela experiência de tanto sentir,
quão laborioso seria registrar o crepúsculo,
registrar as parábolas da maré;
descrever o derradeiro brilho e
o desvanecer das sombras.
Sim, muita incumbência e peso.
Demandaria toda cautela e maturidade,
mas ainda sim caminharia.
[Sem garantia de de terminar a composição.
E essas são apenas as cousas fantásticas e acontecimentos maravilhosos.
Que transfiguradas e arrastadas para folha
se apresentam emoções quase inomináveis.
O que dizer, então, de ti ?
Impossível será,
mesmo que algum dia
eu terminasse de tecer todo proscênio e todo cenário ao teu redor,
[A parte simples.]
versificar teu corpo.
Pois nem com cabedal das mais ricas palavras,
o mundo vocabular e infinitas máximas reflexivas
sobre beleza e existência;
eu sairia do teus pés.
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